sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

SUV

Vou ser sincero, apesar de ser uma pessoa fascinada com quase tudo o que é veículo, há uma categoria que me tem desapontado muito ultimamente. O automóvel, em particular os chamados SUV. Sou assinante da revista Turbo, mas como o desinteresse tem sido tanto, tenho as revistas dos dois últimos meses ainda dentro do plástico. Mas desinteresse porquê?

Lembro-me quando era miúdo e ficava fascinado quando passavam certos carros. Lembro-me por exemplo
do R5 GT Turbo, um 635 CSI Alpina azul que via quase todos os dias a passar, o 525tds de um professor meu (que fez com que eu comprasse o carro que tenho hoje), o Peugeot 205 GTI ou na categoria TT, qualquer que fosse o Land Cruiser, Land Rover ou Patrol. Eram carros que despertavam sonhos.

Depois apareceram os Diesel como os conhecemos hoje. Até lá, os diesel eram carros lentos, barulhentos, poluentes e desagradáveis. Lembro-me que o meu pai tinha uma Peugeot 505 GRD de 7 lugares e que na AE a 120 tínhamos que falar aos berros senão ninguém se percebia, mas aquilo era um tractor. Eis que aparece o
TDI, o DTI (seguido pelo DCI), etc. e parece que terminou uma era. Os carros ficaram desinteressantes, passaram-se a ver traineiras a largar fumo preto por tudo o que é canto e toda a gente hoje tem um (ou quase toda a gente).

Mas não é de petroleiros que quero falar, mas sim de outra moda estúpida que pegou, os SUV. Os "Sport utility vehicle" parecem um jipe, mas não são. Alguns até chegam a pagar classe 1 nas portagens veja-se lá. Acho que cá, tudo começou com o RAV4, talvez até com o Vitara (embora este fosse um veículo com boas capacidades TT). O que é certo é que, o que até há uns tempos se via, eram grandes jipes com excelentes capacidades todo-o-terreno e que podiam ir a qualquer lado.
Adorava seguir o Camel Trophy onde aqueles Discovery avançavam selva fora sem que nada os pudesse parar. Hoje há "carros porreiros para subir passeios". Sinceramente faz-me muita confusão ver gente compara um carro que parece um Jipe, gasta tanto como um Jipe, mas tem tracção integral permanente, 5.000.000 de ajudas electrónicas mas fica preso na primeira poça de água que apanha.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Batalha 2011

Foi dia de visita à batalha e lá foram as "troops" das cbf pela nacional fora para um excelente convívio, mas também para uma desilusão de exposição. Não quero com isso dizer que as presenças da expo fossem más, mas faltava o que as pessoas querem realmente ver (eu pelo menos). Gostava de ver as novas Triumph, um stand da Honda mais bem arranjado, a Kawasaki representada oficialmente (apesar do excelente trabalho do Jorge da LxMotos) e a total ausência de marcas Italianas para mim o ponto crítico que estragou a expo.

Muito positivas foram as presenças dos pilotos Portugueses da BMW no Dakar e de Osvaldo Garcia que nos contou com detalhe as suas aventuras aos comandos da "PEQUENA" AJP. Também gostei de ver a REV representada e os Senhores do Faher que às nossas custas devem ter o negócio garantido tal é o ritmo que as correntes das CBF são lubrificadas com este óleo maravilha.

Queria também destacar o stand da Yamaha pela sua grandeza e que seja um exemplo para todos os outros.

Abraços e para o ano há mais!







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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Comparativo Eléctricas

Parece que foi de propósito. No dia em que me manifesto em relação aos veículos eléctricos eis que surge um comparativo no motorcycle.com entre uma WR 250r e uma Zero DS. Não ficaram desagradados mas a mim não me convenceu. Só o aspecto da mota é horrível.

Eis o COMPARATIVO

WR250R

Zero DS
Frente a frente

Motards

Por natureza sou uma pessoa reservada. A vida levou-me a encarar com alguma reserva as relações que tenho com outros seres humanos, sejam amizades ou relações amorosas. Mas desde há uns tempos para cá, há uma sub-espécie entre os seres humanos que provocou uma mudança neste meu comportamento. Chamam-se Motards e normalmente deslocam-se em "bandos". À parte da família e dos amigos mais próximos são os únicos que me conseguem levar a peregrinar todas (ou quase todas) as sextas feiras até um bar longínquo e passar ali umas horas na pura da cavaqueira onde a palavra de ordem é o companheirismo e o espírito de entre-ajuda. Gente boa estes motards e por isso, aqui vai um tributo a todos eles:


Emissões "quase" zero

Há mais uma moda que, ao que parece, está para pegar. Chama-se "ser ecológico" ou "ser verde"... enfim, como quiserem chamar. Para mim não passa de mais uma tendência como as pulseiras pandora para as mulheres ou os ténis all star nos meus tempos de adolescente. Sinceramente, à parte da hipocrisia da coisa, porque muitos dos apoiantes destas causas nem sequer sabem a cor do contentor onde devem metem o papel para reciclar, causa-me uma certa revolta ver as marcas de carros tirarem proveito desta tendência e anunciarem "à cara podre" carros verdes com siglas muito bonitinhas como "blue efficiency" ou "blue motion". Será que a parte do blue é já a dica que ainda não é totalmente verde? É que um Golf a gasóleo não me parece o carro mais amigo do ambiente uma vez que as partículas continuam a sair lá pelo escapezinho.
Felizmente a moda parece não estar a pegar nas motas. Já tentaram fazer uma mota a gasóleo para tentar acompanhar o "boom" dos diesel que aconteceu nos carros há uns anos atrás e felizmente falharam. Agora há para aí umas motas de motocross com motores eléctricos que prometem revolucionar o mundo do desporto motorizado. Cá para mim só o irão matar. Não estou a ver a malta a assistir a uma prova de desporto motorizado em que o único barulho que se ouve é os putos que não ligam nenhuma ao que estão a ver a brincarem aos berros uns com os outros enquanto que as motas quando passam apenas emitem um suave "swish".
Querem realmente ser verdes? Evitem mas é o desperdício e quem tem oportunidade disso que use os transportes públicos que é para isso que eles existem. Carros eléctricos? Tudo bem, desde que a energia venha de fontes não poluentes! É que dizer de peito cheio que "eu não poluo porque tenho um i-miev" fica um bocado mal quando a energia que lá está foi gerada por uma central termo-eléctrica.

Abracinhos verdes