quarta-feira, 30 de março de 2011

Portuense por afinidade

Sou um Ribatejano com residência na capital, mas isso não quer propriamente dizer que sou um aficionado por "toros" ou um bicho da metrópole. Considero-me mais uma pessoa simples (bastante até) que gosta de conhecer gente interessante e locais diferentes daqueles a que me habituei a ver como a minha casa. Apenas vivo na capital como forma de ganhar a vida.

Como na semana passada estive de férias, aproveitei um voucher presente que tem uma série de ofertas do tipo "in love" e fui fazer um passeio de barco pelo Rio Douro com direito a almoço. Posso desde já dizer que o almoço foi horrível, mas depressa esse sentimento se perdeu. Já lá vamos.

Não é a primeira vez que vou ao Porto, já quase vivi lá, já estive em passagens de ano, trabalho e compras. Desta vez foi bem diferente. A viagem esteve para ser de mota, mas como a pendura não é grande adepta de chuva e a previsão não era animadora, lá fomos no "Espada" e deixámos a "Margarida" a descansar. 0900h e com Hotel, restaurantes e passeio marcados, lá fomos A1 fora para tentar chegar às 1200h ao restaurante. 300 kms e 20€ de portagens depois lá estávamos com um atraso de 10 minutos, nada que não se perdoe. O almoço foi no "Chez Lapin", mas para comer carne em vinha de alhos que estava mais seca que a minha boca durante uma ressaca (única opção que tínhamos tendo em conta o voucher) mais valia ter pago o almoço noutro lado. Safaram os funcionários do restaurante que, mais uma vez, fazem parte da excelente massa humana que existe no Porto e nos fazem esquecer estes pequenos percalços que vamos encontrando.
Almoço terminado, fomos ao hotel deixar as bagagens e lá fomos para o passeio. Ao princípio estava com um pouco de receio porque era muita gente para um barco tão pequenino, mas entretanto lá alguém teve um ataque de lucidez e reparou que aquilo podia correr mal. Então lá passaram os turistas todos para um casco maior e finalmente zarpámos. Foi então que consegui ver o Porto de uma perspectiva completamente diferente. Vou ser sincero, deu-me vontade de me despedir do emprego e refazer a minha vida no Porto. O estado zen que atingi enquanto estava naquele barco fez-me reflectir sobre a minha vida, as angústias que tenho, os problemas. De repente tudo tinha desaparecido. Acho que nunca me tinha sentido assim. Mas quando terminou bateu-me algo. Se me mudasse para o Porto, todos os problemas iriam comigo e aquele estado de tranquilidade e paz passariam a ser apenas uma recordação. Apercebi-me então que o Porto é o meu "Porto de Abrigo", o meu escape à realidade. Sempre foi assim, sempre me senti tranquilo, em paz e feliz enquanto estive naquele sítio. É de facto a minha cidade de eleição e sinto-me efectivamente um Portuense.
Essa noite foi ainda mais mágica com um jantar no restaurante "Vinhas d'Alho", onde me deliciei com um pato tão bom, que não sendo eu um apreciador desta ave me deu vontade de devorar um aviário inteiro. Mais uma vez, gente extremamente simpática e acolhedora. Um mimo.

No dia seguinte, após uma bela de uma francesinha e um creme de marisco no "Capa Negra II", o regresso foi feito pela estrada nacional 1, agora IC2. Foi como um regresso ao passado. 5 horas de viagem tranquila, a apreciar o melhor que o nosso país tem sem ser numa vala larga a 120kms/h onde apenas estamos concentrados na média que estamos a fazer e na hora a que vamos chegar. Devo dizer que mais uma vez o "Espada" se portou à altura do grande companheiro fiel que é sem nunca me deixar mal.

Até outro dia Porto.





quinta-feira, 3 de março de 2011

Preços dos combustíveis

Se há coisa que gosto de fazer é passear e arranjo todo o tipo de desculpas para tirar o carro, a mota ou a bicicleta da garagem. Seja Geocaching, um passeio até à terra, andar de mota com os amigos ou simplesmente ir ao continente, estou lá. Mas ultimamente as coisas têm tido tendência para mudar. Ora se há uns meses atrás a única coisa que me impedia de ir sexta à noite ter com amigos ao café na outra ponta da cidade estava relacionado com trabalho ou aulas, hoje em dia o problema já é outro, o preço do combustível.

Basta dar uma olhadela no spritmonitor e reparar no valor que tenho gasto para atestar a mota. Começa a tomar proporções absurdas. O primeiro abastecimento que fiz foi a 1,5€ por litro e um dos últimos já ficou por 1,667€. Se olhar para o spritmonitor do "espada" a diferença ainda é maior. Entre meter GPL a 0.48€ e 0.80€ é quase o dobro num espacinho de 2 anos. Claro que isto é algo a que não podemos fugir, é um pouco como os impostos ou a morte (e não adianta dizer que os eléctricos são uma alternativa que por enquanto não são).




Conclusão: Só há três coisas a fazer, usar mais os transportes públicos, andar mais de bicicleta e praticar ecodriving. Deixo-vos com um link para o blog do Eduardo Maio (criador do maisgasolina.com) onde está bastante bem explicada esta prática que nós todos deveríamos saber desde a primeira aula na escola de condução.


http://www.gostomaisdecarrosdoquechocolates.com/tag/ecodriving/

imagem in JN Online 03-09-2008