terça-feira, 29 de abril de 2014

De Monsanto a Monsanto

O fim de semana do 25 de Abril foi um dos 3 grandes que há neste mês e tinha uma série de convites para passear, no entanto tinha-os recusado todos porque ando a poupar para fazer uma viagem maior pela Europa este verão. No entanto não resisti e lá optei por aquele que me ia ficar mais em conta. Ora ter 3 fins de semana destes e não aproveitar nenhum era uma forretice demasiado grande, até para mim. Então optei por ir com os meus amigos Pedro e Marcos até Monsanto. Não Monsanto, Lisboa, mas sim à aldeia mais Portuguesa de Portugal.

Rotas combinadas, horas marcadas e às 11h de dia 26 lá estávamos a sair de Coruche em direcção ao leste do país. Não saí de Monsanto em Lisboa por razões óbvias, mas o Pedro lá cumpriu.  

Entre paragens para esticar os ossos e para atestar os depósitos, lá chegámos ao nosso destino inicial, o fantástico Parque de Campismo do Freixial no concelho de Penamacor.
Parque de Campismo
Parque camarário, bem arranjado e com excelentes condições.

Depois da tenda armada fomos para o nosso destino inicial, Monsanto. As minhas expectativas não eram muito altas. As fotos que tinha visto davam a entender que tudo não passava apenas de um amontoado de calhaus. E na sua essência é mais ou menos isso, só que ao vivo é bastante diferente. É uma aldeia puramente medieval, muito bem cuidada, com trilhos paisagísticos e excelentes acessos. O castelo é de uma vista fantástica e não faltam sítios para pernoitar. 

Rua do acesso ao castelo
Depois de quilómetros a fazer um trilho que dava a volta ao monte (pensávamos que era o acesso mais rápido ao castelo) lá encontrámos o que queríamos. Um cenário típico de filme com ambiente a condizer. 

No entanto depois da visita feita, foi altura de jantar e isso já foi mais complicado.
Vista do castelo
Todos os restaurantes que encontrámos eram caríssimos e não ofereciam nada de especial. No entanto um nativo simpático lá nos indicou um ali perto que não desapontou. 

De barriga cheia regressámos ao parque debaixo de um frio imenso e com uma chuva de insectos com tendências suicidas a encontrarem o seu destino nas viseiras dos capacetes. Essa carnificina repetiu-se até ao nosso destino final.

A paz da noi... malditos pássaros!
Durante a noite, tudo tranquilo não fossem os pássaros terem achado que as nossas tendas eram boas ouvintes para as suas sinfonias, foi um concerto de uma noite inteira.

De manhã tomar o pequeno almoço foi outra aventura. Aparentemente não há pastelarias ali perto e o bar do parque só abre em Maio, foi então que após alguns quilómetros de busca, decidimos ir à mesma localidade que nos acolheu para jantar. No entanto para o pequeno almoço só tinham torradas e salada de orelha.
"Hoje posso não valer nada,
mas javali" :)
Optámos pelas torradas que a salada tinha ar de ter sido acabada de fazer há pelo menos uma semana e aquilo ainda não devia estar bem "apurado".

Neste segundo dia o destino escolhido foi Cáceres. Nunca tínhamos lá ido e decidimos dar uma oportunidade à localidade Espanhola. Pelo caminho passámos pela lindíssima barragem de Alcántara. Quando chegámos a Cáceres chegámos à conclusão que a paragem anterior tinha sido o último ponto de interesse na viagem de regresso. Valeu a simpatia dos Espanhóis, nunca tinha apanhado gente tão acolhedora no país vizinho.

O almoço foi algo "típico" Espanhol, pizzas e lasanhas. Foi o que se arranjou porque a viagem de regresso era longa e às horas que fomos almoçar já quase dava para jantar.

No regresso apanhámos uma estrada nacional em direcção a Badajoz para jantarmos umas bifanas em Montemor-O-Novo. Foi a parte mais complicada da viagem. Já cansados, com um vento horrível e a passo de caracol por causa das brigadas, a viagem parecia não acabar.
Colocámos combustível perto da fronteira, parámos para descansar e comer um gelado em Estremoz e lá fomos "bifanar" no café da estação de Montemor.

Este era o ponto onde nos iríamos separar. Uns para Lisboa, outros para Coruche. Para a próxima há mais.




















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