Foi dia de acordar cedinho, creio que 8:30 já estávamos acordados e a pensar no banho matinal. Apesar do frio ligeiro que se fazia sentir, a vontade de ir ao Santuário de Santa Luzia falou mais alto e afinal, não tínhamos feito tantos kms para estarmos a vegetar dentro de um parque de campismo.
Antes do Santuário, demos um salto ao continente do centro comercial mesmo no centro de Viana. O parque para as motas é grátis apesar de apertado.
Pequeno almoço comprado, fomos fazer o picnic no parque de merendas do Santuário, onde havia provas por todo o lado de que o ser Humano é o animal mais porco e desrespeitador do planeta. Mesmo com caixotes do lixo espalhados por todo o lado havia pratos de plástico e papel espalhados por todo o lado.
O Santuário é um lugar muito concorrido. Apesar de bonito, é difícil tirar fotos sem ter gente com calções e meias brancas até ao joelho a entrarem-nos pelas objectivas adentro. Mesmo assim, foi possível apreciar o local e a bela vista que proporciona a quem o visita.
Foi então altura de ir almoçar. Sem grande paciência para procurar um restaurante barato, fomos ao centro comercial e a enorme imaginação levou-nos ao... McDonalds. Venha de lá um big tasty! :P
Tenda arrumada, mota carregada, lá vamos nós em direcção ao Gerês. Passámos Ponte de Lima, Ponte da Barca e, pouco antes de entrarmos em Espanha, surgiu outra tentativa de nos mandarem ao chão. Estavam dois camiões a pintar traços na estrada e estava tudo parado na estrada. Entretanto o sr. do camião de aviso faz sinal para passarmos uma vez que estávamos numa curva sem visibilidade e nós, atrás dele, não víamos nada. Como ninguém passava tomei a iniciativa mesmo estando atrás de um seat ibiza Espanhol. Ora, o nuestro hermano, como estava a dormir, deve ter acordado com o barulho da mota a acelerar e arrancou também. Mais uma vez a história repetiu-se, mesmo quando eu estava a ultrapassar ele lembrou-se do mesmo e mandou-me para a berma. Sem consequências, mas acho que ali, se tivéssemos parado creio que a coisa não ia acabar bem!
Percalços à parte, lá fomos em direcção a Lobios para entrarmos na Portela do Homem. Finalmente as vistas começaram a ficar realmente interessantes e dignas de postais ilustrados. A beleza deste local facilmente nos leva por caminhos do imaginário e nos dá vontade de vivermos ali para sempre. Claro que muito provavelmente ao fim de uns tempos já estava farto de tanto verde, mas por enquanto, ter aquela visão era reconfortante o suficiente para relaxar.
Chegados ao parque de campismo do Vidoeiro, deparámo-nos com um sistema diferente do habitual. Em vez de o preço ser feito pelo tamanho da tenda, era feito pelo tamanho do talhão que escolhermos. Do "A", o mais pequeno e mais barato até ao "C", o gigante e mais caro. Optámos por este último por estar mais perto da casa de banho e ser o mais direito.
Montámos a tenda e fomos procurar o jantar. Dé-mos uma voltinha pela vila e achámos a Lurdes Capela. Foi o primeiro e cremos que foi o melhor porque não tardou muito a fazer fila à porta. Mais uma vez a imaginação pelo prato escolhido não foi grande coisa. Ambos escolhemos a francesinha, apesar de haver pratos exóticos como veado. Ainda assim foi das melhores francesinhas que comemos e foi uma das refeições mais baratas da viagem.
No final fomos comprar umas coisas para o pequeno almoço ao super-mercado e fomos descansar porque ainda havia muita coisa para ver e muita estrada para percorrer. Não nos deitamos sem antes dar uma volta pelo parque com a esperança de ouvir um lobo e ver a espectacular piscina natural que havia no centro do parque.
Ficam as fotos deste dia:
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