domingo, 28 de julho de 2013

Volta a metade de Portugal - Dia 24 de Julho

Este era o dia de fazer um esticão até à Serra da Estrela por estradas nacionais. Ia ser duro, mas mesmo assim teria de ser feito.

O dia começou logo muito cedo com uma família madrugadora que, talvez por achar que as tendas são insonorizadas, lá acharam que berrar uns com os outros às 7:30 da manhã era uma coisa banal num parque de campismo. Nada que desmotivasse 2 viajantes determinados. Banho tomado, pequeno-almoço na barriga e tenda arrumada, foi hora de pagar o parque e, depois de termos saído, reparámos no recibo que nos tinham cobrado um talhão "A", apesar de termos ficado num "C" (o mais caro). Também não fui reclamar uma vez que era obrigação deles ir verificar durante a noite em que talhão os recém chegados montam a tenda.

Enganos à parte, lá foram eles em direcção a Vilarinho das Furnas por recomendação de um guia que levámos. Passámos São Bento da Porta Aberta, uns atalhos aqui e uns enganos ali e lá chegámos à barragem. Das duas uma, ou não estivemos no sítio correcto ou aquilo não tinha nada de especial. Mesmo assim tirámos as fotos da praxe.

Agora era hora de fazer kms. O primeiro destino era Braga. Muita serra, muitas curvas e muita dor no rabo. Afinal já nos aproximávamos rapidamente da marca dos 1000 kms.

Em Braga, parámos num parque perto de um moto clube (sem motas). Descansámos um pouco e comemos o restante que havia na marmita comprada no dia anterior. Afinal era altura de poupar uns trocos e acelerar o ritmos porque a Toca da Raposa ainda vinha longe.

Mais uns kms até Guimarães e Felgueiras, sempre a seguir as placas até Amarante. Até que as placas desapareceram e me levaram a entrar na auto-estrada em direcção ao Porto. Fiquei danado e saí no primeiro acesso que encontrei. Sem saber bem onde estava, tentei seguir (meio perdido) as placas de novo até Felgueiras. Entretanto, numa rua estreita e a descer a pique dou de frente com uma Kangoo. O sr. não recuava e eu, pelas razões óbvias de não ter marcha atrás, também não. Depois ainda ouvi a boca de que ele não tinha obrigação de parar. No entanto, passados os insultos lá encontrámos o caminho correcto com a ajuda de um transeunte e a partir daí foi fazer kms. Lamego, Castro D'Aire e Viseu passaram num instante e Seia estava logo ali.

Agora era hora de encontrar a Toca da Raposa. Ora o guia dizia que estava em direcção a Oliveira do Hospital. Foi só seguir as setas até que começam a surgir os maus caminhos e a seta para um parque de campismo com um nome estranho. Pergunto a uns locais onde ficava e "é já ali, fazendo aquele caminho de terra batida". O problema é que o caminho de terra batida nem para as trails era bom, quanto mais para a Margarida. Disse a mim mesmo que nem obrigado ia por ali e regresso a Seia para procurar outro parque.

Já em Seia, pergunto a um rapaz de bicicleta de montanha onde era o parque mais próximo em que ele me aconselha o Vale do Rossim e informou-me que a Toca da Raposa era um local onde agora se faziam umas raves manhosas. Ok, aquilo explicava muita coisa.

No entanto, como já era tarde, jantámos em Seia no Restaurante Regional da Serra e comemos um arroz de polvo e um arroz de gambas. Apesar de saborosos o arroz estava cru. Como o cansaço já era muito aquilo marchou que nem reclamámos nem nada.

Já em direcção ao Vale do Rossim, foi altura de apreciarmos o por do sol do topo da Serra da Estrela. Vistas maravilhosas e muito frio como se fosse inverno mas não era altura de sermos "meninos". O parque era já ali e ainda queria apanhar uma ponta de claridade para montar a tenda.

Chegados ao parque, foi questão de arranjar um local iluminado e perto das casas de banho. Arredámos umas pinhas, acalcámos umas ervas e tínhamos o sítio perfeito debaixo de um luar perfeito.

Ficam as fotos deste dia:





















2 comentários:

  1. Canudo pá! Já andei nesses mesmos locais (passeia a noite junto às pontes) mas de "esquentador" :P

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  2. Agora é altura de fazeres a viagem de bike ;-)

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